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Independente do que é decidido pelas 'canetadas', a arte, a melodia, o ritmo e o samba no pé Leoninos contagiam e espalham alegria no palco do Carnaval Santista.
Aprendi na toca do leão a ser mais maleável e como se faz uma escola de samba, e inspirado neste ensinamento, um dia ousei 'sonhar como criança', e pude dar minha pequenina colaboração para ver o Leão no lugar que merece sempre.
Falar, dançar, sambar, desenhar, criar e enfeitar, são habilidades que não tenho, porém na escrita quebro um galho e as vezes até dá certo, até porque se dependesse da minha fala insuportável, nem o Leão me suportaria (risos).
Não sei se cai na real ou na realidade, mas é impossível descrever o sentimento de emoção que tomou conta deste caiçara com cara de buldogue bravo, e a partir daí não pude mais esconder que sou Real por ser Santista e não por ser sambista, mas percebi que a felicidade está na toca do Leão. Não há palavras que possam explicar o sentimento de felicidade daquele dia, pois eu jamais poderia acreditar que um dia pudesse fazer parte da história e grandeza da Real Mocidade, agradeço de coração este privilégio.
A vida seguiu e pelas diferenças de destinos, deixei de morar na toca do Leão, mas sem nunca esquece-lo, acompanhando seus shows ano após ano de longe, e emocionando-me sempre com seus desfiles. Agora novamente estou um pouco mais próximo do Leão graças a internet, e estou tentando dar um pouquinho de carinho a este felino apaixonante. Para tanto estou recebendo o apoio daquele que faz da 'toca' o seu dia a dia, e espero retribuir esse apoio com muita dedicação, fazendo o possível para não decepcioná-lo.
Agradeço de coração ao meu amigo-irmão Manoel Aparecido Ferreira - O Cido, pela acolhida a este caiçara entrão. E tenho certeza que, se o Leão não existisse, eu não teria a oportunidade de tornar meus dias melhores.
Obrigado mermão Cido!
Alexandre Gonçalves de Souza
(Escrito, editado e publicado por: Alexandre Gonçalves de Souza)